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O cerne nao é controverso: tanto o estupro quanto a vacinaçao forcada se enquadram na categoria "violaçao da autonomia corporal". Acho que nao há dúvidas.

O texto, porem, da saltos logicos non-sequitur para chegar a conclusao: "Em quaisquer circunstâncias em que uma relação sexual é não consensual e, portanto, inadmissível, a vacinação não consensual também não é permissível.". O autor parece partir de uma outra premissa nao nomeada no texto para suportar seu caminho a conclusao: de que violacao da autonomia corporal nao e permissivel em qualquer contexto.

Pode-se argumentar que permissibilidade é um contínuo, e é dado pelo grau de sofrimento no ato, sua utilidade para o bem comum, etc. E mesmo que seja controverso traçar uma linha na areia definindo onde comeca a admissibilidade, isso nao significa que seja impossivel estabelecer que o assedio sexual seguramente se encontra no campo do inadmissível, enquanto a vacinaçao obrigatoria se encontra no campo admissível.

A avaliacao do filosofo sobre a lista de condicionais encadeadas, que "provável é que permaneçam e caiam juntas: qualquer um que aceite uma condicional provavelmente, a fortiori, também aceitará o resto." me parece incaracterístico de textos filosóficos, infantil até. O autor se pretende solucionador do paradoxo do navio de Teseu.

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